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Kesley Theo - aluno 

Trajetória

O trajeto que sigo 
Me leva além,
Além do ponto de ônibus
É um tal de vai e vem.

Na andança da cidade
Há muita agitação, 
Cachorro late, o carro buzina 
Logo chegarei no coração. 

Que coração é esse?
É um lugar com muita arte,
Tem gente bonita 
E amor por toda parte.

Caminho com o sol
Rumo ao coração da cidade
Lugar esse 
Que me traz felicidade.

Enfim, lá chego 
Começa às duas
E termina às quatro 
Esse lugar é o teatro.

Vinicius Félix - aluno 

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Pensamentos de uma caminhada


Mesmo que tentasse, 
nada mudaria,
seria o mesmo sol quente em pleno meio dia, 
as ruas movimentadas, 
e cada um em sua jaula, 
olhando pelo lado de fora o descaso das calçadas.

De um lado você vê gente rica e bem vestida,
e de outro você vê lá o mesmo mendigo pedindo comida, 
e eu em minha caminhada inrrustida, 
nada posso, nada faço, me lamento a cada passo nessa vida.

E passando a ponte preta,
parece a sarjeta,
só penso que Deus cuide dessa gente, que sofre, não mente...


Estão apenas em um mundo difertente.
É sempre a mesma cena,
o pior é que só o povo humilde e trabalhador
tenta ver a diferença.


E ainda vejo quem tem a crença, reza, pede para que essa gente pelo menos se alimente.
Me alivio quando eles dizem que curitibano é diferente,
que trata decente, que pensa na gente,
mas por azar não é todo mundo que pensa diferente, enfim.

Cabeça cheia de pensamentos.

Andando mais, passando por bares, casas de azares,
vejo uma dupla paisagem.
Um lugar que um lado que fede demais,
e do outro pra ricos demais 
"de alma? " (talvez!)
ja isso eu não sei mais,
cada um é cada um,
todo mundo é diferente,
trato todos iguais, 
mentalidade mais a frente.

E a cada passo frustrado, 
eu coloco em minha mente: 
"nao vou deixar ninguem falar que minha parte eu nao fiz decentemente". 

Vejo os radares, motores, andares,
de gente que sofre, que rala, que bate cartao toda tarde, 
sempre me pergunto se tem família se tem filhos ou dificuldades,
e por final me pergunto, será que é a mesma realidade? 

Não sei, tô só de passagem.


Essa rotinha que tinha terça e quinta, 
se espelha em qualquer caminhada distinta,
que fiz nessa mnha vida. 

E sempre que ando penso, olho, lamento, 
e no lugar eu me colocar eu tento.
E a cada passo mais frustrado,
ando olhando sempre pros lados,
vejo que é o mesmo filme...
(isso me deixa frustrado).

E chegando no palco,
lembro dos espetáculos,
não só da peça e na pressa,
mas no bolso, no jeito, respeito, direito, na mesa, na crença.
Sinto que esse é o único lugar que ainda faz a diferença,
se não fosse por isso cada paço frustrado,
seria bem mais pesado, 
me jogaria no chão igual se joga algo estragado.
Por isso agradeço não sei se mereço,
isso não tem preço, 
e tem quem chame de isso ainda de "conceito"?


E eu só queria que todo mundo tivesse respeito,
isso é no minimo direito,
e digo olhando pra esse retrato se não fosse o nariz empinado o mundo seria direito.

Leonardo Pellin - aluno

PALCO ESCOLA

ASSOCIAÇÃO AMIGOS DO PÉ NO PALCO

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